Você é o humor que tem...

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Venenoso ou ingênuo, ele hoje é avaliado
não apenas como uma característica individual,
mas como uma ferramenta determinante nas
relações pessoais e no ambiente de trabalho

Otavio Dias
VIREI O JOGO A MEU FAVOR
Quando criança, o paulista Artur Leite, de 27 anos, era alvo de piadas por ser o gordinho da turma. Ele decidiu inverter o jogo e fazer graça de si mesmo. "Ninguém me dava apelidos. Eu mesmo fazia isso pelos outros e conquistava a amizade do grupo", diz. Até hoje Leite usa a mesma estratégia – com as mulheres: "Posso não ser um adônis, mas sou muito divertido"

O humor, assim como a beleza, é fácil de identificar, mas difícil de definir. Seria ele "o repouso da alma", como escreveu Santo Tomás de Aquino? Ou "a maior bênção da humanidade", como queria o escritor americano Mark Twain? Por muito tempo, a definição de humor usada pelos psicólogos que estudam o assunto foi aquela criada por Sigmund Freud, o inventor da psicanálise. Em seu Os Chistes e a Sua Relação com o Inconsciente, Freud escreveu que o humor é o maior mecanismo de defesa do ser humano, um instrumento que permite equilibrar as emoções e elaborar as frustrações. Hoje, a psicologia prefere enxergar o humor menos sob a ótica individual e mais à luz de sua capacidade de influir nos relacionamentos. O tipo de humor que uma pessoa pratica é um componente forte na percepção que os outros têm dela, na definição que se dá à sua personalidade. Essa é uma das conclusões principais de um dos mais completos estudos já realizados sobre o humor, o livro The Psychology of Humor (A Psicologia do Humor), recém-lançado nos Estados Unidos. Seu autor é o psicólogo Rod Martin, da Universidade de Western Ontario, no Canadá. Segundo Martin, o humor não é um estado de espírito único – ele tem quatro variantes principais, cada uma delas com suas implicações específicas nas relações pessoais e profissionais de cada ser humano.

Lailson Santos
SOU A POLIANA, SIM
A estudante Renata Beltrame, de 22 anos, está sempre de bom humor porque procura ver o lado positivo das coisas. Com 1 ano, ela teve 70% do corpo queimado num acidente. "Hoje sei separar os problemas reais de simples chateações", diz ela
Não é difícil associar pessoas conhecidas – ou a si próprio – aos quatro tipos de humor compilados por Rod Martin. Aquele menino gordinho e desajeitado que todos desprezam na escola e que, de repente, se torna o mais engraçado da turma, capaz de juntar uma dezena de amigos em torno de si, pratica o humor autodepreciativo. Ele usa as próprias imperfeições para fazer graça. O humor autodepreciativo é característico do diretor de cinema Woody Allen e do apresentador de TV João Gordo, por exemplo. Quem faz observações venenosas que não poupam ninguém e prefere perder o amigo à piada pratica o humor corrosivo. O humor agregador identifica as pessoas que se dão bem com todo mundo e surpreendem a todos com suas tiradas. Em geral, são figuras populares. Já quem passa por dificuldades mas sempre enxerga um lado positivo em tudo, como a personagem da literatura infanto-juvenil Poliana, pratica o humor do tipo de bem com a vida. "Até pouco tempo atrás, os estudos sobre o humor se resumiam a medir como as pessoas reagem a ele, qual o impacto das situações engraçadas, charges e piadas em cada indivíduo", disse a VEJA outro acadêmico especialista em humor, o sociólogo Robert Weiss, da Universidade do Oregon. "Na verdade, o humor é uma ferramenta social como outra qualquer", ele completa.

Ernani D`Almeida
NÃO POUPO NINGUÉM
O técnico em radiologia Robson Silva, de 47 anos, faz piadas mesmo quando seria melhor ficar calado. Já perdeu vários amigos por causa de seu humor, que não perdoa ninguém. "Quero cativar as pessoas e quebrar o gelo, mas muita gente se choca", ele diz
Como ferramenta nas relações sociais, o humor fornece ótimas oportunidades para conhecer os valores e as opiniões alheias. "Uma piada é capaz de revelar mais sobre alguém do que perguntas diretas, principalmente em assuntos polêmicos como política, religião e sexo", disse Rod Martin a VEJA. O humor ainda costuma ser um aliado no jogo da sedução. Uma cantada bem-humorada, pondera Martin, pode até não dar resultado, mas é garantia de que a conversa não será interrompida bruscamente, com constrangimento para ambas as partes. A tentativa pode terminar em boas risadas e abrir as portas para um segundo encontro entre o casal, nem que seja como bons amigos. "A mensagem contida na cantada nunca fica totalmente clara, o que permite colocar as idéias numa espécie de jogo de tentativa e erro", diz Martin. "Pode-se mudá-la, se preciso, dizendo que foi apenas uma piada." O humor também é uma arma eficiente na manutenção das normas sociais e da hierarquia. Ao satirizar, mesmo com humor do tipo corrosivo, as atitudes e os traços de personalidade de alguém, os integrantes de um grupo comunicam implicitamente as regras para fazer parte da turma.

Ernani D`Almeida
O CHEFE DOS SONHOS
O italiano Fabrizio Giuliadore, dono de dois restaurantes no Rio de Janeiro, mantém o bom humor mesmo na hora de dar bronca nos funcionários. "Assim, dou um recado sutil sem desgastar a relação com eles", diz.
Uma pesquisa citada no livro de Martin mostra que, no ambiente de trabalho, quem ocupa os cargos mais altos usa o humor em proporção 40% maior do que os funcionários em posições inferiores. O discurso bem-humorado dos chefes quase sempre contém mensagens críticas ou admoestações disfarçadas. Funcionários com menos status, ao contrário, costumam rir das piadas dos chefes para agradá-los ou chamar a atenção para si. Aproximar parceiros é outro grande benefício do humor, principalmente se ele for dos tipos agregador ou de bem com a vida. "Quando as pessoas riem juntas, elas se tornam cúmplices, dividem as mesmas emoções e têm atitudes mais positivas em relação a outra", diz Hildeberto Tavares, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Estudos feitos na Universidade do Colorado indicam que, quanto mais uma pessoa está satisfeita com o próprio casamento, mais ela valoriza o senso de humor – seja de que tipo for – do parceiro. Os mineiros Virgínia Alves, de 41 anos, e Marcel Niri, de 34, ambos professores de educação física, estão casados há catorze anos. O segredo, dizem, é o bom humor. "Percebi que ela seria a mulher da minha vida no primeiro encontro. Caímos na risada e nunca mais nos separamos", diz Marcel. "Ele é brincalhão, vive cercado de amigos e ri dos problemas", diz Virgínia.
Todo mundo abriga em si, em maior ou menor grau, os quatro tipos de humor – os comportamentos a que eles estão associados fazem parte da natureza humana. A forma e a intensidade com que se pratica cada tipo de humor é que faz a diferença nos relacionamentos. A princípio, pode parecer que os tipos de humor autodepreciativo e corrosivo são negativos, enquanto os tipos agregador e de bem com a vida são positivos. Não é bem assim. Uma pessoa considerada agregadora geralmente utiliza o humor para reunir pessoas e formar grupos. "Mas, dependendo de como ela age, o senso de humor pode servir para excluir quem não lhe convém", diz Robert Weiss. O humor corrosivo também pode servir a outros propósitos que não seja a humilhação. Ele pode funcionar como reação a um ambiente hostil. Empregados que sofrem com um chefe tirano costumam tornar o ambiente de trabalho mais ameno ao falar mal do chefe pelas costas em tom ácido e jocoso.

Virgínia e Marcel, casados há catorze anos: "Quando nos conhecemos, caímos na risada e nunca mais nos separamos", diz ele


Embora não haja formas boas ou ruins de humor, o tipo de bem com a vida é considerado pelos psicólogos o mais saudável. "Quem está sempre bem-humorado apesar dos contratempos dificilmente fica ansioso por longos períodos e isso mantém o organismo sob controle", diz Rod Martin. Um estudo da Universidade de Wisconsin mostra que o humor do tipo de bem com a vida tende a fortalecer as defesas do organismo. Os pesquisadores verificaram que quem costuma ter comportamento pessimista apresenta uma atividade maior na parte frontal direita do córtex cerebral. Isso altera os neurotransmissores produzidos nessa região e reduz a produção de células de defesa do organismo. Pessoas que tendem a sempre olhar o lado positivo das coisas ativam com maior freqüência o lado esquerdo do cérebro e parecem desenvolver melhor capacidade imunológica. Quem não pratica o humor do tipo de bem com a vida não precisa se preocupar. Ter qualquer tipo de humor é melhor do que não ter humor algum.

O TRUQUE DO SORRISO
A risada é considerada uma expressão explícita do bom humor. Não se pode dizer o mesmo do sorriso. O psicólogo americano Dacher Keltner, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, analisou numa pesquisa milhares de faces sorridentes e concluiu que existem dois tipos de sorriso. Nem sempre é fácil identificá-los. Um deles revela que a pessoa está realmente achando graça em algo ou demonstrando felicidade. O outro mostra que ela apenas se esforça para parecer simpática. Enquanto a risada é involuntária, alguns músculos necessários para sorrir podem ser controlados. Um deles é o zigomático maior, que puxa os cantos do lábio para cima. Ao contraí-los, forma-se o que Keltner chama de "sorriso de aeromoça", em alusão à expressão automática dos comissários de bordo. É um sorriso que expressa mais delicadeza do que alegria. "É esse sorriso que o funcionário esboça quando o chefe conta a piada que ele já ouviu centenas de vezes ou que uma pessoa utiliza quando cumprimenta outra e ambas movem os lábios num movimento quase simultâneo", diz Keltner. Os músculos responsáveis pelo sorriso verdadeiro não podem ser controlados por 95% das pessoas. Um deles é o orbicular ocular, que fica ao redor dos olhos. Quando esse músculo se contrai, formam-se pequenas rugas do tipo pé-de-galinha, o olhar ganha um leve brilho, as bochechas se elevam e pequenas bolsas se formam embaixo dos olhos. Essas são as características do sorriso espontâneo – aquele que os bebês, nos primeiros meses de vida, dirigem apenas à mãe. Veja nas duas fotos abaixo o mesmo rapaz, fotografado com um sorriso "de aeromoça" e outro de verdade. 

Fonte: http://veja.abril.com.br/151106/p_116.html

SER ou TER



Ainda esses dias acabei comentando sobre a tentativa frustrada de muitos de mensurar ou rotular certos tipos de sentimentos, logo não é isso que farei aqui. Seria no mínimo discrepante.
O que pretendo, sob a minha única e exclusiva ótica, é a luz sobre um assunto polemizante: O Ciume. 
Conforme também já comentei, não me apego a "bandeiras" machistas, feministras ou qualquer outra, então, se quiseres compreender e não apenas ler...tente fazer o mesmo.
Bom, depois destas breves considerações, vejo o ciúme (seja ele masculino ou feminino) como um conflito de algo que não podemos suportar. Sim..isso mesmo...não sentimos ciúmes de outra pessoa ou coisa...sentimos ciúmes de nós mesmos por não SER ou TER determinada personalidade, aparência física, consição financeira etc...Certo Cleber, entendi até este ponto, mas e como isso se reflete sempre no outro?
Pense comigo: "Já que eu não consigo resolver este conflito que criei por N motivos, o que vou fazer com algo que me causa dor, sofrimento, angústia, raiva etc...Vou tratá-lo sozinho ou sozinha? O que é mais fácil e IMEDIATO?....Hum tive uma idéia...vou REPASSAR PARA O OUTRO!!"
Parece uma obviedade e não a generalizaremos, mas é  normalmente isso que acontece com Maridos e esposas que sentem ciúmes exagerados que sentindo um desejo por outra pessoa, e na eminência de reprimir este sentimento, acabam repassando esse conflito ao parceiro ou parceira.




Muitos atribuem a insegurança e concordo plenamente, mas é interessante que quando pensamos na tal "Insegurança" a primeira coisa que nos vem a mente é incapacidade de competir e "É AI QUE MORA O PERIGO" pois não se trata de rivalidade externa e sim INTERNA fundida com um enorme sentimento de culpa.
Não me proponho a seguir manuais, muitos menos a dar "dicas" elas honestamente só enriquecem aos autores que publicam lá seus livros e certamente os respeito, mas discordo desta fórmula...mas a título de certo valor utilitário, sugiro que quando transbordar teu cíume, seja pelo que for, tente perguntar-se 
"Qual minha responsabilidade, por estar sentindo isso"?
Não precisa introjetar e ter isso como verdade..Muito menos assumir o lugar vitimizatório, isso não vai te levar a lugar algum...apenas respire e tente...Quem sabe você se surpreenda!

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A força da Culpa

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"Seja em que se situação for, somente encontrarás algo parecido com a felicidade, quando conseguires mensurar o real tamanho de sua culpa."
 
 
 

Você quer ser feliz ou ter razão?

Uma das frases mais interessante de Ricardo III (uma das tragédias escritas por Shakespeare)  é:

"...eu trocaria todo o meu reino por um cavalo.."

Mesmo sem saber Ricardo III instintivamente nos diz que trocaria todo seu pretenso poder pelo talento e pela capacidada livre do cavalo. Diante disso podemos perceber que:

"É como se ele estivesse  já cansado de perceber o nada que seu suposto poder o dava....o Inutil que sua autocrueldade lhe trazia e absoluta esterelidade de estar cheio de razão..."




Em um exemplo bem claro:
"Um casal de namorados apaixonados com desejo de encontrar-se todos os dias, em um deste...saem em uma ensolarada tarde para tomar um café.
Em algum tempo na conversa ela questiona que ele estava um pouco diferente do que normalmente é, aos olhos dela.
Ele, reclama asperamente dizendo que ela estava completamente enganada ..e assim começam a discutir..."

Foi assim que ele trocou seu cavalo - O encontro do amor sempre enriquecedor que poderiam viver juntos naquele momento, pelo Reino - ou seja pelo "poder" de fugir das consequencias emocionais naturais e óbvias de qualquer intenso envolvimento amoroso.

Um dos grandes desafios das pessoas é de tentar colocar em palavras, sentimentos que não são descritíveis.
Sabemos e dizemos frequentemente que eles são mesmo indescritíveis, mas quase nunca vivenciamos o que sabemos.
Digo em outras palavras que, o que vimos acima é uma METÁFORA de amor e poder.
E que , eles, como a culpa e a responsabilidade são sentimento absolutamente antagônicos....

O amor que é nosso cavalo, nos tornará inoxeravelmente responsáveis, enquanto a culpa *que é nosso reino) ilusioramente poderosos.

Esta é metáfora assexuada e tenta trazer que,realmente, nós (seres humanos) deveriamos realmente trocar nossos reinos...por alguns cavalos.

O "Ficar"

O ficar é um relacionamento afetivo bastante popular entre os adolescentes/ adultos e   caracteriza-se por ser breve, passageiro, imediatista, volátil e descompromissado. 

Análises comparativas demonstram que o ficar obedece à  mesma lógica que rege outros relacionamentos e ao contrário que muitos pensam, ele não se tornou sazonal, apenas está migrando de geração em geração.

Pelo excesso de informação ou evolução? 
Não sei, porém o que é fácil de notar, que não somente descartáveis as pessoas começam a se tratar com dispensáveis por qualquer futilidade.


Empréstimo...

"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos..
De como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos...
De aprendermos a ter coragem...
Isto mesmo é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo".


Manhãs de Domingo...

Hoje, acordei com uma tentação de falar sobre algo menos "rebuscado" mas igualmente importante: Política.
É obvio que a este tipo de assunto infelizmente não chama tanta atenção quanto deveria, mas isso é apenas uma versão...ou seja um fato visto de óticas diferentes.
Em meu modesto pensar, compreendi que certos governantes que ascendem diretamente do povo (Lula, Evo, Chaves etc) acabam tendo de nós POVO (Pópulis)s uma identificação imediata como símbolo de nossas príorias aspirações de poder.
Me permito, ir mais além e fazer uma analogia com a imagem familiar.
Na estrutura familiar temos o Pai (Exemplo maior), Regras de disciplina (Educacao) e gratificação e/ou punições (Amor ou Desamor).
Na estrutura política em que vivemos é exatamente a mesma coisa...
Podemos grosseiramente substituir o papel do pai pelo presidente, nossa disciplina calcada nas leis e as gratificações e ou punições vindo de nosso bem estar social.
Pensando sob esta ótica, percebemos facilmente que os mais "populistas" dos políticos acabam perecendo por muito tempo, pois claro, quem "detronaria" nosso Pai e/ou herói? Os partidos como proprio nome já diz são "pedaços de um todo" filiais de uma matriz e perceba que a palavra Filial vem de "Filho".
Muito destes "filhos" (partidos) não concordam com o pai e muitos deles sofrem mesmo com o complexo de Édipo ou seja brigam ferrenhamente para destituir o "Pai" (presidente) para tomar dele o amor e o poder  da Mãe...(Pátria-mãe)., Todos sabemos que muitos partidos (sejam eles qual forem) quando tem este "amor poderoso" nas mãos, não fazem a minima idéia do que fazer com ele.





 

Para finalizar e dar um exemplo marcante que esta identificação existe em nós, recordaremos de uma onda de tristeza e sentimento melancólico que assolou o Brasil por completo na Morte de AYRTON SENNA. Certamente não todos, mas recordem em suas casa: Não era o mesmo sentimento de estar perdendo um ente querido de nossa família? Muitos choravam copiosamente sem saber porque e isso eu mesmo presenciei por inumeras vezes...
Conseguiram perceber que isso é maior e mais forte que podemos perceber?
Obviamente, caso um presidente popular morra, nossa comoção talvez não fosse tamanha, em função da educação (regras) adotadas por ele não sejam SOMENTE motivos de nossas alegrias e de desejos realizados, como SENNA que para muitos de nós, era uma pai, irmão, tio ou alguém amado que vencia algo importante nas manhãs de Domingo.

Casal Grávido


Muitas gestantes ainda se referem à gravidez com exclusividade, utilizando-se de expressões que, consciente e inconscientemente, transmitem a mensagem que são questões puramente femininas, como se o homem fosse apenas continente de suas angústias e ansiedades e, paradoxalmente, ressentem-se pela indiferença de seus parceiros.
Tais atitudes refletem posturas ancestrais quando, de fato, o homem era excluído da relação e sua participação terminasse no momento em que o bebê era concebido.

Felizmente os tempos mudaram, e o que vemos atualmente é que cada vez mais aumenta o número de homens que desejam participar ativamente do processo da paternidade, constituindo-se num elemento-chave indispensável da equação pré-natal. Assim, não se considera apenas a mulher grávida, mas o casal grávido.

Durante os meses de gestação, o feto ouve a voz paterna e percebe a influência que exerce em sua mãe, através dos batimentos cardíacos, produção hormonal e corrente sangüínea. Tudo quanto afeta positiva e negativamente sua mãe, afeta-o também e as questões conjugais entram em jogo com um grande peso, já que são as que mais atingem emocionalmente a gestante.
A voz paterna é tão importante para a criança que se o pai se comunicar com ela ainda in útero, a criança é capaz de reconhecê-la e de reagir, logo ao nascer. Assim, se por qualquer obstáculo mãe e bebê são separados após o nascimento, e se a mãe estiver impossibilitada de acompanhar sua recuperação, o pai deve assumir e estabelecer contato com ele para que não perca seus referenciais intra-uterinos, podendo sentir-se novamente em segurança.

É' verdade que fisiologicamente o homem está em desvantagem, já que quem gesta o bebê é a mulher, porém, se ela puder ajudá-lo e conseguir introduzi-lo nesta relação tão íntima, fazendo-lhe um lugar, este pai poderá assumir a função que lhe é de direito e de amor e o vínculo paterno-filial irá se fortalecendo com o passar do tempo, aumentando seu envolvimento e prazer em acompanhar o desenvolvimento da gestação.

Com isto, homens e mulheres poderão estabelecer vínculos mais solidários e sólidos, independentemente da sitiuação do vínculo afetivo, o que certamente irá produzir gerações futuras de crianças emocionalmente mais ajustadas, estáveis, seguras e, portanto, muito mais felizes.

Manto de Chumbo


Infelizmente, na vida nos damos conta em que carregamos certos pesos que não precisavamos. Olhamos nos calçados...olhamos nas mãos e não encontramos, nada que nos faça ir tão devagar ou por vezes cansar na metade do caminho...
Mas porque me sinto assim se não carrego nada que eu possa ver? Porque algo verte de algum lugar que não sei onde fica e que me causa tanto transtorno?
Algumas coisas são naturais, outras não fazem o minimo sentido, nem para você, nem para ninguém que te quer bem. Você não percebe querida(o) leitora(o), mas estás usando um MANTO DE CHUMBO, que bem como a peça do vestuário, este fica em suas costas, fora do alcance dos teus olhos e muitas vezes, de tuas mãos.






O mais interessante, é perceber que não o tiramos (ou procuramos alguém para que nos tire)  porque por baixo dele, não temos muita coisa para nos proteger e se o tirarmos sentiremos frio ou ficaremos expostos, em muitos casos, completamente nus...

O manto (mesmo pesado) não apenas nos protege da verdade real..mas as vezes ele é a unica coisa que nos aquece.
Como uma peça de roupa que está velha, nos causa tristeza...As vezes temos vergonha, outras desprezo, mas infelizmente mesmo assim o usamos...
Se não temos o poder de retira-lo, então podemos troca-lo...
Sim, trocá-lo!!..Substitui-lo...pois não se retira algo assim, apenas se substitui por algo menos pesado, mais confortável e quem tenha apenas a função de nos proteger, aquecer ...
Apenas esta é sua função...
Esta pequena história é uma analogia, mas quem quando criança ou adulto, não fica feliz ao receber ou adquirir uma roupa nova?
Se você percebeu que usa um, fique calma e tranquila.
Você o suportou até agora e o que virá depois disso, será a procura de algo melhor para cobrir-se. Apenas permita-se compreender...e estarás escolhendo seu novo MANTO.
Não é fácil...mas é possível!
Tenham um bom dia!

Nossos amigos

Pensando nas pessoas que ainda neste mundo instantaneo tem a falta de informação ou ao menos tem o ato de expulsa-las de perto de si, acabei me recordando de um texto do Wilde sobre a amizade e as tantas faces que existem.

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, mas sim meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, claro, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos não pela alma lavada e sim pela cara exposta.
Não quero só o apoio e a ajuda, quero também a alegria.
Amigo ri junto porque sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos..
Me serve a metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."





Teoria do Asco

Na verdade não é exatamente este o termo, mas serve como ilustração para o que resolvi escrever. 
Hoje me foi apresentada uma brincadeira muito interessante. Não chega a ser incomum com outros nomes (Repulsão e atração etc), mas se tornou interessante e divertido por ter já estrutura, nomenclaturas e diagnósticos básicos.
A tal "Teoria do Asco" se baseia pela repulsa natural ao que o sujeito do sexo oposto faz, fez ou vai fazer.
Vou tentar exemplificar:  Em uma conversa informal de Internet alguém escreve "VOSSÊ" com dois "SS" ou seja, isto supostamente seria um "Asco Ortográfico" ou Então...Alguém depois daquele almoço interessante em um restaurante bacana, pede um palito e começa a "espalitar" na sua frente...Isso poderia ser definido como um "Asco Gastronômico" ou por último aquele "Asco Acessório" na qual a pessoa está usando um acessório de moda completamente desproporcional ao corpo ou chamativo demais pela cor...O Exagero é o Asco.



 Bom, acredito que já percebera a teoria e por certos angulos, pois quando esta "teoria" entra em prática, a pessoa sente a repulsa e fica em "modo defensivo", sendo que de lá (com aquela pessoa) nunca mais saem. Certamente é uma forma de proteção e é relativamente divertido entender isso, desde que a vida NÃO se torne uma completa "Teoria do Asco" . justamente pela inumeras percepções que cada um tem do certo e errado...pode ser perigoso viver pensando nisso, porém da mesma forma é pontual observar que isto realmente existe, tendo o título que tiver.
Esta terminologia e brincadeira teórica não é minha, mas resolvi compartilhar ao meu modo, para que cada um de nós perceba conscientemente esta existência e que cada um de nós atente-se para estas repulsas e principalmente cuide delas com mais responsabilidade, antes que cometamos uma injustiça, senão com outro...com nós mesmos.

Decida você mesmo...

Por que a psicanálise é mais rápida pros homens do que para as mulheres? Porque, quando dizem para eles voltarem à infância, eles já estão lá? (Pergunta feita por uma mulher)


Interessante que esta pergunta, não chega a ser rara, então resolvi postar os fatos cientificos para que você leitor (seja de que sexo for) decida com suas convições..

A mulher por amadurecer egoicamente mais rápido do que o homem, acaba se tornando refém dela mesmo quando na "crítica galante"  estabelece que não tem a necessidade de evoluir e amadurecer mais psiquicamente, pois "já nasce...senão perfeita, ao menos feita". Assim sendo, a mulher (a principio) prescinde da ajuda psicanalitica e tem assim elevado nível resistencial. Homens são DO-ERS (fazedores) e Mulheres BE-ERS (Se limitam a ser o que já são) tudo isso ainda gerado pelo complexo de castração feminino (Inveja do Pênis). O contra ponto se torna interessante, quando se percebe que as mulheres são mais inclinadas a procura de ajuda em sua saúde mental, percebendo que a realidade é outra, as mulheres admitem melhor suas fraquezas. O tempo de tratamento é de indivíduo para indivíduo, independente de sexo.

Enquanto você dormia.

Estes dias em uma conversa casual, o tema Esoteria acabou vindo a tona. É obvio que não irei escrever nada sobre isso, mesmo porque não é minha expertise, mas me senti a vontade em escrever sobre algo relacionado:

Os Sonhos.

Quando falo em sonhos, não quero dizer nem aquele de "creme da padaria", muito menos nossas aspirações de vida, mas sim o sonho mesmo...aquele que se tem dormindo ou em estado de não vigília consciente.. como queiram.
Hoje, combinei com meu ego, não me estender demais, ser bem objetivo e como sempre nada formal....vamos ver se ele cumpre a sua parte no final.

Podemos dividir em 3 etapas básicas de conteudo:

Conteúdo Latente: são desejos e pensamentos inconscientes que ameaçam acordar a pessoa e transtornar o sono. São os impulsos e desejos do Id; as impressões sensoriais noturnas; pensamentos, idéias e preocupações correntes (stres, trabalho, probemas financeiros). Todo o conteúdo latente do sonho é inconsciente.
A parte mais importante do conteúdo latente do sonho é a que deriva geralmente da infância,  com o surgimento dos mecanismos de defesa; em contraste com isso, os pensamentos e preocupações do dia anterior e as sensações são correntes, atuais.

Elaboração do Sonho: formação ou seleção de uma fantasia para a satisfação do desejo, que seja aceita pelo Ego e não perturbe o sono.

Conteudo Manifesto (Formação de Compromisso): É o produto final do equilíbrio entre as forças de defesa do Ego e o Conteúdo Latente do sonho. Quando as forças defensivas não são suficientemente fortes para impedir que parte do conteúdo latente se torne consciente, elas podem tornar esse conteúdo vago, impedindo assim que este se torne totalmente consciente e você não lembrará de nada desses "Filminho".
A formação de compromisso irá determinar o quão distante do conteúdo original será o sonho e o quão vago ele será conscientemente.

Interpretação dos Sonhos: Processo de engenharia reversa onde a tarefa consiste em verificar o conteúdo latente por meio do conteúdo manifesto encontrando assim similaridades.




Percebam o seguinte....ao contrário que muitos imaginam, eu acredito que o que melhor define este processo fisiológico é:

"O SONHO É A PREVISÃO DO NOSSO PASSADO."

Acho que consegui ser simplista, sem perder a essencia...rs
Até breve...

"Fórmula Mágica"

Espero que meu professor de Português na Faculdade (sim, na época eu ainda existia essa cadeira...rs) não leia este texto, pois ainda não faço a mínima idéia gramatical de como se começa um, decentemente. Como utilizei 2 linhas para me desculpar, já deve ser um bom início ao que me traz o tema. Nos últimos dias, acabei exercendo novamente o hábito de escrever como forma de prazer. Diante disso, é impossível se desvencilhar dos apelos das redes sociais...Da instantaneidade à forma...é tudo completamente diferente. Na verdade esse blog, mais se valia como banco de dados do que própriamente a exposição das minhas idéias. O que reparei,ao realmente prestar atenção nessa nova forma de linguagem, são os que chamarei de "Mecanismos do Popular" ou seja o que torna um texto (criado ou copiado) "popular" as pessoas. Diante de uma perspectiva psicánalítica, não chega a ser dificil hipotetizar que se trata de identificação projetiva...Mas que "raios é isso traduzido?"
Conforme comentei acima, a rapidez de informação destas linguagens é espantosa, logo, acabamos por passar pelos textos apenas usando poucas de nossas percepções...
O que acabei reparando, é que a maioria dos textos ditos "populares"  (aqueles que tem o maior numero de "curtidores" no Facebook por exemplo) possuem como conteúdo, banalidades ou obviedades (e não quero aqui escrever banalidade como algo comum e sim como algo que passa desapercebido). 
Ainda nessa linha de raciocínio, ficou evidente que a mudança e a organização a respeito do tema fazem toda a diferença, e pasmem, o maior interesse não é pelas palavras formais ou de etmologia conhecida e sim os "jargões populares" 
Será que vem dai a popularidade deles?
Não..não acredito que seja somente isto e sim a união de outros dois fatores: 

- Percepção Visual 
- Memória Emotiva 

  **veja no final do texto a legenda desta foto

Então, resumindo esta "salada" de letras e combinações inconscientes que acabo de fazer, me permito criar uma teoria acreditando que:
Se você pegar um conteúdo comum a todos (Amor, Sexo, Corpo, Vaidade etc) baseada em um texto clássico, por um título desafiador, "aparafusar" o que você pensa com uma linguagem clara e cotidiana....conectar alguma experiência pessoal  e "atachar" uma foto de uma situação que o remeta a uma lembrança emotiva, você, por hipótese, angariar muitos "fans" e eu terei me "traduzido ao popular" o que é esta tal "Identificação projetiva".
Agora o seguinte....Não ouse em mudar minha "fórmula mágica", colocando formalidades junto com fotos "bacanas"...ou linguagem "bacana" junto a fotos formais...Este bom senso é seu tempero pessoal e este "empurrão" eu não posso te dar (não sei, nem desejo saber..rs).
Bom, fica evidente que, se eu não sei como começa, eu também não faço a mínima idéia de como se termina um texto...."The End" me recuso a usar, então é apenas um até breve e veremos quantos "clickadores facebookianos" teremos com isso...ou não.
OK..agora pode procurar a legenda, com 2 asteriscos bem mais abaixo..


* Eu disse NO FINAL...volte lá e acabe de ler todo..rs






























**Foto da pintura remete a Europa, chuva, reflexo, flores, nostalgia, carinho, casal, paz, abraço, caminhar, tempo, afeto, cor, sabor, textura etc....Viram como isso agora é sensivel?

Nossos laços...

Em meio as minhas colagens, bobagens, chistes e estudos acabei catalisando algumas associações, para fazer esta reflexão sobre nossos laços, mesmo aqueles em que se apagou, expurgou, excluiu, desovou, vaporizou, subtraiu etc e que nesta "altura do campeonato" não faz a menor diferença.
O que realmente faz toda a diferença são os laços que se cria.
É importante destacar que a fonte de sofrimento mais penosa para nós é resultante de nossas relações com os outros.
Mas afinal o que é laço...não é um nó que se desata sem esforço??
Quando se dá um presente a alguém se dá com laço para que seja provisório, frágil e incapazes de amarrar todo o real presente ou caso contrário se daria um nó muito apertado...

O Mal-estar que sempre ronda toda as formas de laço é o preço que pagamos pela eminente perda do "inferno-paradisíaco” da falta de compromisso.

Ao optar pela linguagem...o ser humano renunciou à possibilidade de acesso ao real, que se tornou para nós, impossível de ser completamente acessado.
É interessante que se criou o "mal-estar dos laços", portanto o mal-estar da linguagem, que não é capaz de dar conta de todo o real por pura falta de habilidade de cada um.

Este emaranhado de palavras juntas podem não fazer sentido como um discurso, mas a linguagem do discurso vai muito além da fala e da compreensão...é aquele "saber oco" que nos interessa...e esse saber que acredito muitos tenhamos e que devemos compartilhar, não como forma narcisística de saber..mas como forma altruista de ajudar.



Se colocarmos alguem na terceira pessoa (seja lá qual for) faremos  um exercício fabuloso de acreditar que ele será mais ele, se eu for realmente "EU".

Texto difícil? Tenho certeza que não... Na voz que damos ao nosso "EU", ainda perceberemos o sabor da ligadura das palavras e linhas de raciocínio...emfim, esta união não são nós e sim laços...deixa-a deslizar e não fique "cutucando" com a unha, como se tenta desatar um nó.

Diante da "briga ferrenha" que travo para não ser "chato" e ao mesmo tempo não ser um "prepotente teórico", ainda me permito opinar sobre o que chamamos normalmente de projeção.
Nossos projetos (também sejam eles quais forem) devem se fundamentar nesta fusão de desejos e de necessidades, de laços e de nós. O que realmente importa ao presente e o que precisamos apertar para que não seja desfeito. Permita-se

Ao usar nosso conhecimento (forjado muitas vezes aguardando o trânsito desengarrafar) em teu próprio benefício, acabará por beneficiar quem também pode precisar desta sua forja e não tem forças para pedir...

Reflita comigo:
Muitas pessoas ao invés de escrever ,tentando ajudar animais de estimação que precisam de espaço e voz por exemplo....Como seria se estas pessoas escrevessem, sobre as príorias experiências bacanas quando crianças?
Como seriam estes textos?
Será que eles viriam recheados de histórias com a amigas e amigos?
Será que eles seriam voltados ao choque entre a cidade grande e a cidade  pequena?
Será que eles contribuiriam para minimizar o sofrimento de alguma criança ou pai que os lê?

Neste momento, vem a pergunta: "Que raios o Cleber está tentando me dizer"?..
Bom, a resposta nem eu mesmo sei...porém fica a pergunta:

- "Será que ajudando a educar estas crianças leitoras (sejam elas meus filhos ou não)  para que saibam o real valor de seus amiguinhos, não serei mais eficiente e feliz?

Ajudando aos outros, ajudamos a nós mesmos...
Espero que tenham compreendido esse emaranhado de nós...que chamei propositalmente de "Nossos laços", pois caso você não tenha percebido, acabamos de criar um:
Eu escrevendo e você me presenteando com sua atenção.

Wilfred Bion

Ontem em uma das minhas jornadas de estudo, junto ao CBP/RS, tive uma visão diferente sobre a comunicação e de todo processo psicanalítico. A transferência de Bion e se tornou vínculo,  que é aquele lugar nebuloso aonde se situam as pulsões do paciente e do analista desde que desprovido de memórias e percepções sensoriais. Neste sentido o vinculo não se cria...se produz, com o material em que o paciente não consegue sofrer, perdendo completamente a visão de atribuir exclusivamente ao paciente a fragilidade mental ou de incutir nele a interpretação da defesa como ataque a projeções de partes más, inclusive quando o analista se defronta com estas situações clínicas e reage com teorias clássicas, estando  ELE mais perto da fragilidade psicótica do que imagina, recorrendo a estas teorias existentes para reprimir ou fugir da situação de perturbação do compreender. Desta forma Bion criou a teoria da comunicação também para psicóticos (antes desprezados pela impossibilidade de análise). Esta teoria e foco de observação clínica, mostrou coerencia nos pacientes psicóticos como uma forma de transmissão de dados sendo que estes pacientes privilegiam a ação e não o pensamento conexo. O lugar da interpretação é tensa a fragilidade analítica, aonde o profissional poe a algo de mnemonico ou perceptivo, no lugar compreensico, para evitar o seu sofrimento eminente de não conexão ou falta de compreensão intelígivel.

O discurso do canalha

Diante de certos ambientes não é muito simples ser conversado ou escrito coisas que habitam o campo do erotismo, do amor, da sexualidade e da satisfação enquanto tal. Isto percorre o mais íntimo de nosso ser e se inscreve como sendo o que há de mais particular de um individuo. Diante disso, não é de todo raro lermos, ouvirmos ou até mesmo sentirmos mulheres realmente identificadas com o "discurso do canalha". O discurso da canalha é quando alguém se faz passar por aquele que acredita saber qual é o bem do outro, que diz qual é o teu desejo, o que você deve fazer, ou seja, é quando alguém se apropria de um lugar indevido para ditar os caminhos de um desejo que é irremediavelmente particular. É quando alguém diz o certo e o errado, a verdade sobre o verdadeiro, o que você deve fazer e escolher. Sempre amputando as contingências de sua própria vida. Lembram daquela sensação de "Ele vai resolver tudo para mim?" ou "Ele sabe como lidar com isso.." "Ele é um imbecil, mas tem pegada"
Afinal, moça, permita-se responder: O que realmente você quer? O que é "pegada"?
Fizemos nossas opções e arcamos com o ônus de nossas escolhas.
De início, é preciso dizer que a sexualidade (não necessáriamente genital) está presente em todas as dimensões da vida familiar, social, econômica, política. Tudo depende da sexualidade, pois ela é estrutura de linguagem, está presente em suas palavras, nas entrelinhas daquilo que é dito ou não, em seu olhar, na sua voz, nos seus comportamentos. Ao optarmos pelo canalha, pagamos um preço, é lógico! Enfrentarmos tropeços e impasses frente às nossas escolhas, responsabilidades, ordenamento de lei. Nesse sentido, o privado funda o público, quer dizer, você precisa ter a ciência de este mesmo canalha, compartilhará outras vidas, já que ele necessita delas, como o próprio ar para sobreviver.
Sim, não é tão fácil manter viva uma relação a dois, suportá-la, administrá-la, contornar suas impossibilidades. Cumplicidades! Mais difícil ainda é poder suportar a magistral exuberância de uma relação com várias sombras a sua volta.
Tenha isso como fetiche, nunca como alvo de "adoração" sexual, pois as sequelas podem não ter o mesmo gosto doce-acido da fantasia. Ele pode se tornar uma droga muito mais forte, muito mais poderosa que a cocaína, você sabia? Ele pode se tornar um vício hediondo, incurável, um prazer sexual fantasiado de algo que você apenas se atrai, mas não conheçe. Seria lutar contra algo invisivel.
Diante disso, tenha em mente que o canalha, pode ser uma saída sintomática, não uma escolha, uma opção de desejo; e dessa forma você acabará se distanciando tanto da relação com o outro sem conseguir mais retornar à realidade de uma vida amorosa. Tente fazer este retorno e transformar quem lhe toma ou tomou a vida em algo experiente..um estágio..um aprimoramento, pois se pensar desta forma, você certamente estará preparada para quando o "verdadeiro homem" chegar não somente para o "macho parasita" que surgiu em algum momento de sua vida.

Neurose Histérica

A estrutura de uma neurose histérica é a que mais se aproxima daquilo designado como normal; nela o controle do ego é derrubado, ocorrendo ações a que o ego não visa. A denominação histérica vem do grego “hysteron” que significa útero e como foi percebida entre as mulheres naqueles tempos, denominou-se histéricas as mulheres que apresentavam quadro de sintomas comuns. Os principais sintomas são a teatralidade, sugestionabilidade, necessidade de atenção constante e manipulação emocional das pessoas ao seu redor. O neurótico histérico pode desmaiar, ficar paralítico, sem fala, trêmulo, e desempenhar todo tipo de papel de doente.
A estrutura histérica ocorre com mais freqüência nas mulheres do que nos homens, devido ao fato de apresentarem uma maior complicação no desenvolvimento sexual, a menina se sente castrada e por isso é levada a passividade.



O primado genital mostra-se evidente, o indivíduo histérico apresenta fixações à fase fálica, guardando fortes componentes orais que jamais se tornarão organizadores.  A formação dessa estrutura se dá pelo modo que se supera o complexo de Édipo; Os investimentos objetais mostram-se facilmente móveis e variados. Os indivíduos histéricos ou jamais superaram a sua escolha objetal primitiva ou nela se fixam de tal forma que ao surgir alguma frustração posterior, retornam ao objeto.
A força do componente erótico é a principal característica do modo de estruturação histérica, toda sexualidade representa o amor incestuoso infantil, então o desejo de reprimir o complexo de Édipo faz com que haja repressão da sexualidade, as idéias reprimidas continuam inalteradas no inconsciente, exercendo influência, mesmo que o individuo adulto apresente quadro normal ou acima da média social, sexualmente falando. 
Os histéricos têm medo de não serem amados e assim tentam influenciar diretamente as pessoas que os cercam a fim de dissuadi-los de fazer as coisas que eles temem.
O histérico passa da realidade para fantasia, substitui objetos sexuais reais por representantes infantis; processo denominado introversão; e a somatização se dá com a tradução de fantasias específicas em linguagem corporal diretamente.
Na histeria, a angústia é expressa através do corpo; pode apresentar os sintomas da seguinte forma: manifestações agudas; grandes ataques, crises menores, quadros dissociativos e quadros funcionais duradouros; como paralisias, anestesias e transtornos sensoriais, crises de chouro, solidão, etc...tendo como característica principal a forma exagerada que se apresentam esses sintomas. O caso de Anna O. foi o mais famoso, não somente pelo "Arco Muscular" formado pela paciente, mas sim pelo estudo em conjunto de Charcot, Breuer, Freud.
Na neurose histérica encontram-se dois grupos: a neurose histérica de conversão no que se caracteriza pela necessidade do neurótico em chamar a atenção sobre si, de vislumbrar e de conquistar a piedade dos outros, usando para isso, doenças com utilização de órgãos alvo, usa de comportamentos frágeis e delicados para atrair os outros e a neurose histérica de angústia que evidencia a projeção da personalidade que é frustrante, em outra que agrade o indivíduo ou seja uma pessoa infeliz e insatisfeita, pode ser representada por um individuo aparentemente, forte, feliz e seguro de suas açoes, utilizando-a assim no lugar daquela geradora de angústia e de ansiedade. Para chegarmos o processo de AB-REAÇÃO é necessário o rememoramento do evento traumático, que normalmente se deu de forma passiva, caso contrário a patologia seria outra.

30 anos de procura do "Eu"

Nesta idade muitos já estão formados e inseridos no mercado de trabalho, alguns solteiros outros casados. Alguns moram com os pais ou com namorados, adminstrando o seu próprio ganho.
Sentem-se com autonomia para gerir suas vidas, principalmente os que não vivem com os pais.
Percebem que agora alguns sonhos e desejos, podem ser realizados.
Quase não dependemente financeiramente, tem liberdade para decidirem sobre sua vida amorosa, social e profissional.
Coisas que vinham sendo adiadas, para adquirir, ou exercer, como esportes mais sofisticados, profissões que sempre ambicionaram, ascenção no trabalho, estão mais perto de suas mãos.
Por que não?


Começam a se questionar, sobre o fizeram até então, esta é minha verdadeira aptidão para a profissão que escolhi, consigo me adaptar neste trabalho, será que gosto mesmo deste namorado ou marido, irei casar ou ter filhos??
Parece que, tudo o que aconteceu em suas vidas, não foi escolha sua. Então teria sido de quem?
Nesta fase, ficam inseguros, entram em conflito consigo e podem manifestar sintomas, de pânico, depressão, mania, chegando a despersonalização.
Questionam-se sobre sua verdadeira capacidade, temem que ao mudar alguma coisa podem perder tudo.
Muitas dívidas e inseguranças, que parecem pertencer a uma outra fase do ciclo de vida, a adolescência.
Um outro tipo de adolescência, pós adolescência, uma fase que os leva a re constituir e rever a contrução de seu Eu.
Ao se depararem com estes impasses, começam a manifestar sintomas psicossomáticos e buscam ajuda médica e psicológica.
No decorrer de seu tratamentos, vão percebendo como se sentem fragilizados diante desta passagem, do mundo adolescente para o mundo adulto.
Não associam à principio seus sintomas com seus conflitos emanados do mundo externo, refletindo no seu mundo interno.
Não me parece uma questão pontual, um problema localizado num aspecto, pessoal, social ou profissional.
Parece ser um momento de reelaboração de questões primárias, infantis, que ainda permanecem em suas mentes adolescentes.
Como a saída de casa destes jovens está sendo cada vez mais tarde, e as demandas do mundo externo estão cada vez mais árduas, diante das incertezas quanto ao sucesso, maior se torna a exigência de contar com um Eu estruturado.
Um Eu que possa negociar o rompimento com os os pais da infância, questionar valores, expectativas familiares, ou de grupos adolescentes, e começa a re valorizar conceitos, costumes, atitudes, mais próprias.
Todo este processo tem as vezes um alto preço, mas justamente nesta fase de desafios, estes jovens querem pagar este preço.
Sofrem porque querem mudar, porque estão em movimento de vida.
Como psicanalistas temos tentado compreender as reações deste jovens, diante deste mundo globalizado em contantes mudanças.